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sexta-feira, 22 de maio de 2009

literatura dos feda puta!


VIETNAM

Ainda me lembro daquela noite como se fosse hoje, o frio, a dor, a angustia de meus companheiros, sem falar na lua que presenciava tudo e nem se quer lançara sobre seu luar paz.A paz que pessoas com suas mentes destorcidas pela ignorância não conseguiam trazer, e só agiam porque eram pioneiras da ordem de homens com mais desordem que qualquer ser.
Eu estava em uma guerra sobrevivendo somente por causa do parceiro ao lado que sempre precisa de ajuda, e o maior sonho ali naquele momento não é mais os desejos banais de qualquer humano, era somente acordar do pesadelo e reencontrar seu lar, mas poucos ali acordariam.
Estava no inferno por escolha própria sempre quis ir para a guerra lutar, desempenhar minha honra pelo meu país, minha escolha veio junto com minha sentença quando fui capturado pelas forças especiais do Vietnam.Meu comandante foi morto a sangue frio por estar ferido e quase morto, mas me deixaram viver. A escolha deles com certeza não era por bondade ou compaixão era simplesmente porque iriam me espremer de tortura, fui colocado em um saco preto, chutes murros eram suas caricias, me jogaram em uma caçamba de uma camionete não via nada somente escutava os soldados falarem, não entendia nada os trovoes daquela noite chuvosa e escura de uma forma me fazia relaxar não estava com medo, estava disposto a tudo não tinha como escapar iriam me torturar estava preste a sentir os piores momentos de minha vida, senti uma pancada na cabeça e apaguei.
Não digo que acordei fui acordado com pancadas na cara de um certo vietnamita que amassava minha cara com um ferro, o lugar me lembrava um açougue ou um ferro velho, não sei só sei que doía muito estar ali. Perguntavam coisas que não conseguia entender dizia que não sabia falar a língua deles, e eles pouco me entendiam também por um momento pararam com a pancadaria e fizeram uma roda em minha volta. Meus momentos de paz duram como um minuto quando outro japa me vem agora com uma faca que mais parecia um bisturi bem afiado, me falou algumas coisas que estava longe do meu conhecimento deu pra sacar que era outra pergunta com certeza sem resposta.Meus gritos ecoavam por todo o Vietnam, o desgraçado estava cortando minha orelha era uma dor horrível, como um ser humano podia ser capaz de fazer isso com outro ser humano.Assim que terminou de arrancar minha orelha enfiou ela em minha boca, fazendo com que comesse a parte de mim mesmo, um canibalismo forçado, não consegui engolir e vomitei.O soldado sentiu mais raiva de mim e me dava murros de ódio pensava comigo, nunca o tinha visto porque tanta raiva? Lembrei o porque estava ali, tinha me esquecido da guerra, os seres humanos que estão nela somente tem uma missão: "a destruição", sempre de quem está do lado oposto seja eles homens, mulheres, crianças, velhos tudo que se pode imaginar tem de ser destruído a guerra é o pus da vida, ignorância profunda que move dinheiro através do sangue e sem falar na busca de poder dos homens que mandam, e ficam sentados assistindo de camarote o inferno que criaram.
Neste momento, sobre as torturas insanas parece que estava entendendo o sentido de estar ali, e de ser tão burro também por me deixar com romper a minha vida por um simples desejo, de estar em uma maldita guerra.Penso se todos os milhares de homens que vão para este lugar infernal têm os mesmos motivos que eu? Com certeza que não, imagino os motivos deles: dinheiro, fama, aventura, crueldade, honra, poder, ganacia, proteger sua nação, etc... Nenhum dos motivos existentes na face da terra explica tamanha crueldade com a raça humana, a luz da verdade pairava sobre mim, mas que pena não poder entender isso ao lado de minha família, com a felicidade simples do dia a dia tinha que ter caído neste lugar, que pena.
Três meses se passaram, eu estava sem minhas orelhas sem um olho, com sete dedos do pé arrancados, quatro da mão, ema tomas por toda parte do corpo, infecção nos machucados, doente ao extremo, talvez com tuberculose, mas não entendia como estava vivo.Eles me faziam comer fezes de animais, animais mortos e as fezes dos soldados e eu comia não sei porque, manter minha existência não tinha sentido mas algo em mim dizia que tinha que continuar.Sempre observava bem os movimentos dos soldados, para numa brecha escapar do cativeiro, mas era impossível mesmo se eles me deixassem fugir não conseguiria nem sequer dar um passo de tão ferido.
Um dia os soldados estavam meio que desesperados parecia que a guerra estava acabando e eles estavam perdendo, uma correria pra lá e pra cá sempre observava bem suas expressões, mas as daquele dia não eram de tranqüilidade, estavam desesperados pegando as armas e gritando por toda parte. Foi quando escutei o barulho que me fez sentir bem, não sentia o bem já fazia mais de três meses, era o barulho de um avião que em seguida soava o som de uma bomba “Bom”!Aquele “Bom” era a chave de minha libertação.
Depois de mais algumas bombas e gritos entraram no meu cativeiro e me soltaram, diziam que tudo ia ficar bem.Eram meus companheiros de guerra me carregavam no colo em meio aos disparos da maldita guerra, foi o ultimo momento que estive dentro da ação mais ignorante criada por um súdito ser de um planeta.
Hoje estou com 80 anos, as seqüelas do corpo são bem visíveis, mas as da alma são eternas.Nos meus sonhos revivo as torturas e angustias daquele lugar, nunca esquecerei os dias que estive no Vietnam, penso que enquanto houver guerra estarei sofrendo pelos que vão sem saberem à onde verdadeiramente estão indo.
escrito por: Julian Andrew

Um comentário:

Sour Girl disse...

"nós não precisamos saber pra onde vamos...nós só precisamos ir !!"

mto bom...mto mesmo!