PENSAMENTOS NELA
Sentado, estudando, queria estudar, mas pensamentos nela não me deixavam.
Então, parti para outra ação, peguei meu violão, comecei a tocar, no entanto, no desenrolar da canção, volto nela a pensar, mesmo assim, tentava me concentrar em uma musica do Djavan, e logo cantado suas letras nela volto a pensar, na musica dizia: "amar é um deserto e seus temores", sentindo o temor de não tirá-la de minha cabeça desencanei de meu violão e fui caminhar.
No decorrer da caminhada, encontro um amigo que me convida a ir ao bar do Luizão, um antigo boteco que pessoas com seus sentimentos atracados em seus corações desabafavam com seus parceiros, outros somente iam para se esbaldar de cerveja sem nada para contar e outros ainda iam tomar sua pinga de cada dia e da vida esquecerem.
Ao chegar no tal boteco Jonatam, meu amigo há 20 anos, diz ao garçom:
- Chefe manda aquela geladinha, igual a loirinha do cartaz, bem gostosinha. - O garçom já está acostumado com a ironia de boêmios como Jonatam, lhe da as costas e traz a tal loirinha.
Eu meio confuso e aflito interiormente pergunto a meu amigo: velho você não pensa em se casar, não se cansou de viver assim?
-Assim como? Minha vida é perfeita, tenho mulheres, meu trabalho, minha liberdade, o que mais posso querer?
-Sei, mas já esta um pouco velho não tem medo de ficar na solidão?
-Velho eu – disse como se estivesse entrando em sua adolescência e continuou - sou o quarentão mais feliz do mundo, tenho o segredo da felicidade e é esse meu amigo, nunca se case pois ai estará seu fim.
Eu já não tinha tanta segurança estou com meus 32 anos e acabara de terminar um namoro longo que sabia que não voltaria jamais, soava dentro de mim o medo da solidão.
-Mas chega a hora que cansa de tanta vadiagem - disse para ver se ele mudava de opinião.
- Eu não me canso - disse ele - pois você pode estar iludido. Ilusão é para os fracos.
Não quis mais insistir no assunto, Jonatam era um cara sem cura que só a vida lhe ensinaria as coisas. Ou não, era um cara decidido que gosta de aventura, mas eu no momento estava confuso e me sentido vazio, mais vazio que o copo de pinga do rapaz ao lado que pedia outra dose ao garçom, mais vazio que o olhar do cachorro a espera de um pedaço de torresmo que às vezes ninguém comia de tão murcho que estava, ou mais vazio que minha mesa quando Jonatam foi ao banheiro, então nesse momento me bateu a vontade de mudar de ação rapidamente, de voltar a caminhada interrompida, parti sem dó nem piedade. Nem me despedi de Jonatam, não sei o que ele iria pensar de mim, segui meu rumo, estava aflito demais, queria minha casa e um pouco de reflexão.
De volta para casa, de relance volto a pensar nela e ao chegar em casa também penso nela, bato à porta, sem perceber esbarro na cômoda, sem perceber ouço tocar o telefone e atendo, sem perceber, e ouvindo a voz dela dizendo sem perceber:
-Amor, não podemos terminar assim, podemos construir uma vida juntos, não vamos desperdiçar esse tempo todo.
Eu aflito pensando somente nessa voz indaguei comigo: pensamentos negativos nos levam a tortura e nunca mais direi jamais.
escrito por: Julian Andrew
correção: Alexandre Garroni
Sentado, estudando, queria estudar, mas pensamentos nela não me deixavam.
Então, parti para outra ação, peguei meu violão, comecei a tocar, no entanto, no desenrolar da canção, volto nela a pensar, mesmo assim, tentava me concentrar em uma musica do Djavan, e logo cantado suas letras nela volto a pensar, na musica dizia: "amar é um deserto e seus temores", sentindo o temor de não tirá-la de minha cabeça desencanei de meu violão e fui caminhar.
No decorrer da caminhada, encontro um amigo que me convida a ir ao bar do Luizão, um antigo boteco que pessoas com seus sentimentos atracados em seus corações desabafavam com seus parceiros, outros somente iam para se esbaldar de cerveja sem nada para contar e outros ainda iam tomar sua pinga de cada dia e da vida esquecerem.
Ao chegar no tal boteco Jonatam, meu amigo há 20 anos, diz ao garçom:
- Chefe manda aquela geladinha, igual a loirinha do cartaz, bem gostosinha. - O garçom já está acostumado com a ironia de boêmios como Jonatam, lhe da as costas e traz a tal loirinha.
Eu meio confuso e aflito interiormente pergunto a meu amigo: velho você não pensa em se casar, não se cansou de viver assim?
-Assim como? Minha vida é perfeita, tenho mulheres, meu trabalho, minha liberdade, o que mais posso querer?
-Sei, mas já esta um pouco velho não tem medo de ficar na solidão?
-Velho eu – disse como se estivesse entrando em sua adolescência e continuou - sou o quarentão mais feliz do mundo, tenho o segredo da felicidade e é esse meu amigo, nunca se case pois ai estará seu fim.
Eu já não tinha tanta segurança estou com meus 32 anos e acabara de terminar um namoro longo que sabia que não voltaria jamais, soava dentro de mim o medo da solidão.
-Mas chega a hora que cansa de tanta vadiagem - disse para ver se ele mudava de opinião.
- Eu não me canso - disse ele - pois você pode estar iludido. Ilusão é para os fracos.
Não quis mais insistir no assunto, Jonatam era um cara sem cura que só a vida lhe ensinaria as coisas. Ou não, era um cara decidido que gosta de aventura, mas eu no momento estava confuso e me sentido vazio, mais vazio que o copo de pinga do rapaz ao lado que pedia outra dose ao garçom, mais vazio que o olhar do cachorro a espera de um pedaço de torresmo que às vezes ninguém comia de tão murcho que estava, ou mais vazio que minha mesa quando Jonatam foi ao banheiro, então nesse momento me bateu a vontade de mudar de ação rapidamente, de voltar a caminhada interrompida, parti sem dó nem piedade. Nem me despedi de Jonatam, não sei o que ele iria pensar de mim, segui meu rumo, estava aflito demais, queria minha casa e um pouco de reflexão.
De volta para casa, de relance volto a pensar nela e ao chegar em casa também penso nela, bato à porta, sem perceber esbarro na cômoda, sem perceber ouço tocar o telefone e atendo, sem perceber, e ouvindo a voz dela dizendo sem perceber:
-Amor, não podemos terminar assim, podemos construir uma vida juntos, não vamos desperdiçar esse tempo todo.
Eu aflito pensando somente nessa voz indaguei comigo: pensamentos negativos nos levam a tortura e nunca mais direi jamais.
escrito por: Julian Andrew
correção: Alexandre Garroni
Um comentário:
"..Mas eu no momento estava confuso e me sentido vazio, mais vazio que o copo de pinga do rapaz ao lado que pedia outra dose ao garçom, mais vazio que o olhar do cachorro a espera de um pedaço de torresmo que às vezes ninguém comia de tão murcho que estava, ou mais vazio que minha mesa quando Jonatam foi ao banheiro....."
Boa passagem !!!
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