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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Literatura barata.


O que é vida ?
A vida é vicio! O que você acha que a vida é? a vida é dor, centenas de milhares de dores! o que você acha que a vida é? Um rio de prazeres correndo no seu corpo calor! O que você acha que a vida é? a esperança de anjos! O que você acha que a vida é? holocausto de crueldade com a esperança de os cegos encontrarem a fé! O que você acha que a vida é? a vida é simplesmente todas as coisas que criam nossas mentes! O que vida é? vida são estrelas e constelações que percorrem o infinito em turbilhões! O que a vida é? todos os caminhos ao mesmo tempo! O que a vida é o que a vida é? a vida é! o que a vida é ? solos de guitarra! vida é o que? O que todos querem ser! O que vida ser? Ser falcatruas de desonestos! O que vida é agora? É o tempo e sopro de vento! O que ser vida? Vida ser a planta fumada! o que vida é? vida é você ! o que pensa que é vida? Vida é a crise econômica! o que é vida? É musica tocada para as oreia? O que é vida é simplesmente percorrer! O que é vida? Sobreviver! O que é vida ? são milhares de coisas para se dizer! O que é vida? É perder inspiração enquanto se escreve coisas da vida! o que vida é? apegos demasiados! o que vida é? a luta entre o bem e o mal! O que vida é? os filmes de Roman Polanski! o que vida é? heroina na veia! O que vida é? bombas atômicas explodindo! O que vida é? muitos celulares! O que vida ser? Vida ser muita água, fogo ,terra e ar! O que é a vida? Aventura ! o que é a vida? ternura! o que é a vida? compostura! O que vida é? muita imaginação! O que vida é? um deserto imenso! o que vida é ? baratas correndo No esgoto! agora! o que vida é? matança compulsiva de animais! O que a vida é? um grito de socorro! O que vida é? traficantes no morro! O que pode ser vida? Pode ser servida na refeição! O que é vida? Fudeção total! O que seria a vida? O medo! O que é a vida? Continuação do mesmo! O que seria a vida ? macacada tentando evoluir! O que é vida? Esperança de uma nova vida! O que é vida? A imaginação de John Lenom! O que é vida? A igreja perdoando o mesmo! o que é vida? musica repetida! O que poderia ser a vida? Um trágico acidente! O que é a vida? Macacada correndo atras de dinheiro! E ele Ta acabando! O vida é? professores idiotas ! O que pode ser vida? Num sei! Só sei que são varias coisas simultaneamente, se balançando numa balança um tanto estranha, que sempre escorrega para o negativo e depois para o positivo. É triste ,que vida pode ser crianças sendo despedaçadas pôr bombas na guerra do Iraque. A vida já foi tanta coisa que nunca caberia em folhas em branco. Os erros de alguma forma fizeram aqueles que erraram acertar, e todo mundo erra mas o que pode ser o erro? Se ser vida é muito misterioso e confuso para todos os vidas. Sentimentos que nos carregam, desejos que nos impregnam, consumir, consumir, consumir a vida aos olhos da sociedade se tornou isso mas agora temos que repensar e parar de tanto consumo que desgasta esta bolinha azul rolando no cosmos.
"O que é vida? É uma nuvem passageira! O que foi vida ? um piscar de olhos!"

Escrito por: Julian Andrew

domingo, 23 de novembro de 2008

que cara mané!


ESPERAR PRA PERDER

Lembro-me como se fosse hoje, sua pele, o sorriso, seu modo de falar. Éramos muito amigos, saíamos pra nos divertir muito, mas nunca olhara pra ela pensando algo mais ,isso veio somente quando se foi, que pena.
Sabe aquela garota bonita, simpática, toda bobinha por você e tu nem ai? Só se apegando as mais safadas e vivendo coisas vazias. Eu sempre fui assim, enxergando o errado e pensando estar vivendo o certo, a pessoa certa viveu um bom tempo ao seu lado e tu se esqueceste disso, a hora que viu, ela estava longe, muito longe com outro talvez, estudando a tal da medicina que sempre sonhara.
Ela deve estar feliz, passou na faculdade federal de Santiago no Chile, e puxa como lá é bonito, acho que vou fazer minha mala e ir atrás dela viver um amor bonito como lá. Não... Foi só um sonho, um pensamento de quem vive iludido, não sei se largaria meus estudos pra ir atrás dela, mas poderia me transferir, é uma boa, assim viveria a seu lado sem perder meus estudos, mas antes preciso ligar e avisar; vou pegar o telefone agora e dizer que estou partindo para viver com ela. Hum, mas se estiver com outro? Ou mesmo casada se debulhando em paixões por um vadio qualquer, nem o telefone dela tenho, estou mal, porque a deixei ir? Devia ter falado que a amava, mas eu não sabia, fui descobrir só depois que se foi, meu Deus o que faço? Já sei a solução é esquece-la, mas será que consigo? Lógico que sim, porque não, há um oceano de mulheres neste mundo, não preciso me preocupar tanto.
Peguei um cigarro, coloquei meu cd predileto do Pink floyd e decidi tirá-la para sempre de mim. Agora estou bem sem essa de se lamentar, a vida é curta para viver de passado. E como é fácil tirar uma mulher da cabeça só basta querer, se todos os homens que sofrem com isso pensassem como eu estariam livres.
Mas só há um problema, no momento estou só, acompanhado somente de meus pensamentos e mesmo assim tem momentos que até ele se vai me deixando nulo, ai recebo a visita do silêncio, miserável silêncio, que me deixa ouvir a voz do meu coração.
Adivinha o que ele diz?
Vá e não perca tempo, o amor tem suas barreiras,e se você conseguir ultrapassá-las construirá o castelo mais forte e belo sob oásis em meio a solidão.
Pensando nos conselhos do meu interior, sinti-me mais forte e decidido para partir atrás dela .Fui derrotado pelo meu ego achando que ia esquece-la, mas o que me salvou foi a razão, deixar-se, não, por vencido, não pode, há de haver uma luta para ser o vencedor.
Com empolgação comecei a fazer os planos para a viagem, sempre-me lembrando de nossa amizade. Certa vez, ao encontrá-la na rua, quando ainda não sabiamos da existência um do outro, deixou cair sua bolsa diante de mim, abaixei junto a ela e a ajudei como um cavaleiro, agradeceu-me e se foi num táxi, mas esquecera na calçada da rua seu celular, foi assim que a conheci pela ironia do destino e no acaso da perda. No outro dia levei seu telefone perdido a sua casa, ela ficou muito feliz e me retribuiu-me com sua amizade. Sendo assim, hoje estou aqui me debulhando entre decisões de medo e a espera da coragem, que só meu coração me trará.
Ao chegar no Chile procurei seu endereço e encontrei, estava morando numa bela casa, com seus dois filhos e casada com um arquiteto chileno. Disse-me que estava muito feliz e perguntara o que fazia no Chile, respondi dizendo que estava a trabalho, conversamos um pouco e fui embora.
Que pena que meu coração só me trouxe coragem depois de dez anos.

Escrito por: Julian Andrew
Correção: Alexandre Garroni

haaaa estas mujeres que nos prendem a mente


PENSAMENTOS NELA

Sentado, estudando, queria estudar, mas pensamentos nela não me deixavam.
Então, parti para outra ação, peguei meu violão, comecei a tocar, no entanto, no desenrolar da canção, volto nela a pensar, mesmo assim, tentava me concentrar em uma musica do Djavan, e logo cantado suas letras nela volto a pensar, na musica dizia: "amar é um deserto e seus temores", sentindo o temor de não tirá-la de minha cabeça desencanei de meu violão e fui caminhar.
No decorrer da caminhada, encontro um amigo que me convida a ir ao bar do Luizão, um antigo boteco que pessoas com seus sentimentos atracados em seus corações desabafavam com seus parceiros, outros somente iam para se esbaldar de cerveja sem nada para contar e outros ainda iam tomar sua pinga de cada dia e da vida esquecerem.
Ao chegar no tal boteco Jonatam, meu amigo há 20 anos, diz ao garçom:
- Chefe manda aquela geladinha, igual a loirinha do cartaz, bem gostosinha. - O garçom já está acostumado com a ironia de boêmios como Jonatam, lhe da as costas e traz a tal loirinha.
Eu meio confuso e aflito interiormente pergunto a meu amigo: velho você não pensa em se casar, não se cansou de viver assim?
-Assim como? Minha vida é perfeita, tenho mulheres, meu trabalho, minha liberdade, o que mais posso querer?
-Sei, mas já esta um pouco velho não tem medo de ficar na solidão?
-Velho eu – disse como se estivesse entrando em sua adolescência e continuou - sou o quarentão mais feliz do mundo, tenho o segredo da felicidade e é esse meu amigo, nunca se case pois ai estará seu fim.
Eu já não tinha tanta segurança estou com meus 32 anos e acabara de terminar um namoro longo que sabia que não voltaria jamais, soava dentro de mim o medo da solidão.
-Mas chega a hora que cansa de tanta vadiagem - disse para ver se ele mudava de opinião.
- Eu não me canso - disse ele - pois você pode estar iludido. Ilusão é para os fracos.
Não quis mais insistir no assunto, Jonatam era um cara sem cura que só a vida lhe ensinaria as coisas. Ou não, era um cara decidido que gosta de aventura, mas eu no momento estava confuso e me sentido vazio, mais vazio que o copo de pinga do rapaz ao lado que pedia outra dose ao garçom, mais vazio que o olhar do cachorro a espera de um pedaço de torresmo que às vezes ninguém comia de tão murcho que estava, ou mais vazio que minha mesa quando Jonatam foi ao banheiro, então nesse momento me bateu a vontade de mudar de ação rapidamente, de voltar a caminhada interrompida, parti sem dó nem piedade. Nem me despedi de Jonatam, não sei o que ele iria pensar de mim, segui meu rumo, estava aflito demais, queria minha casa e um pouco de reflexão.
De volta para casa, de relance volto a pensar nela e ao chegar em casa também penso nela, bato à porta, sem perceber esbarro na cômoda, sem perceber ouço tocar o telefone e atendo, sem perceber, e ouvindo a voz dela dizendo sem perceber:
-Amor, não podemos terminar assim, podemos construir uma vida juntos, não vamos desperdiçar esse tempo todo.
Eu aflito pensando somente nessa voz indaguei comigo: pensamentos negativos nos levam a tortura e nunca mais direi jamais.

escrito por: Julian Andrew
correção: Alexandre Garroni

domingo, 16 de novembro de 2008

Durante a Noite


SEMEAR

Na placa dizia: siga e chegara há onde você quiser só basta pensar no lugar. Caminhei adiante, mas me esqueci de pensar e me deparei com outra placa que dizia: agora é sua ultima chance se não pensar em lugar nenhum chegara. Seguindo a mensagem daquela estranha placa fui adiante nesse caminho rodeado por sombras que tinham cor, minha sombra era azul já do cavalo que estava ao lado era verde e o homem que montava esse animal estava sem face e sem cor, e veio em direção a mim e disse:
-Ei você já se encontrou?
-Se encontrou? Estou bem aqui, porque deveria me encontrar.
-Não, não se encontrou. Disse com uma voz profunda que da onde sairá eu não sei e carregava em seus braços uma flor, também sem cor, e bem murcha, acho que ela estava morta ,estava doente não sei via algo familiar nela estava azeda ,mas azeda como uma flor pode estar azeda porque pensei nisso e porque aquela flor me envolvia tanto, sentia que ela ia entrar em mim que de repente me devoraria .
O homem sem cor voltou a falar:
- Amigo essa flor é você, ela está a sua espera ela quer renascer ela quer viver, e se você não se esforçar ela ficara assim toda eternidade a espera de você se decidir.Encabulado com suas palavras pedi ajuda:
- Você cavaleiro sem cor e sem sombra o que devo fazer? -Se encontre lute por você mesmo porque ninguém vivera as coisas por você meu amigo.Estas foram suas palavras de despedida e com uma força mística jogou a flor em mim e partiu sobrevoando um rio de emoções.
Parti rumo ao meu caminho com a flor na mão, há espera de uma nova placa e sem querer comecei a pensar em um paraíso que havia dentro de mim um lugar esplendido com muito verde, um lugar mágico com muita paz, meu refugio mental das horas insanas de tristezas, de repente a outra placa surgiu dizendo: -siga seu paraíso... Uma porta surgiu me puxando e me conduzindo ao tal lugar foi algo rápido. Abri meus olhos e vi um imenso pasto todo florido e belo com um único caminho, Sentindo a sensação de andar sobre plumas avistei uma senhora colhendo flores, ela parecia ser muito sabia e agia com imensa calma, quando me aproximei ela olhou em meus olhos e disse:
-Vejo que colheu uma flor, de onde retirou ela? Tinha ate me esquecido da flor que carregava, estava tão em paz que nada parecia existir nem mesmo minha mão que a segurava. -Eu não sei um cavaleiro que me deu.
-Mas acho que ele lhe disse algo.
-Sim disse que está flor estava a minha espera para viver.
-Então como vai fazer?Está vendo essas flores aqui são todas colhidas na hora certa, e porque viveram para ser colhidas.Viveram ela disse, isso me bateu forte era como se eu não estivesse vivendo e nunca seria colhido, e continuou:- Esta vendo aquela luz ela da a vida para as flores que querem viver já a sua se escondeu dela, no entanto só há uma cura semear de novo.Depois disso a velhinha se transformou em um pássaro e voou
Para aquela luz brilhante e eu comecei a diminuir, diminuir, diminuir, diminuir, diminuir................e virei uma semente ................Já são 7:30 estou atrasado pro trabalho, nossa estou com a sensação de ter sonhado muito está noite, mas não me lembro de nada.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Indígena


A SIMPLICIDADE DE UM VÔO

Atravessar aquele deserto a cento e vinte quilômetros por hora, em seu carro preto, ouvindo um dos seus rocks predileto, era algo extremamente prazeroso.A liberdade não tinha limites naquele momento, se sentia um falcão atravessando o Texas movendo-se sobre o universo que habitava, sentia todos os movimentos da criação, o filme estava sendo rodado e ele era o ator principal, o mocinho o vencedor.
Andrew estudara física sete anos de sua vida para encontrar a tão sonhada resposta: o porque desta vida ? Porque era tão simples estar vivo e ao mesmo tempo tão complexo de explicar a existência humana? Sempre se fascinava com os porquês da vida, era seu dever como cientista tentar compreender o que era o infinito, o universo, as galáxias.Isso o deixava um pouco desapegado deste mundo, sempre fora um homem solitário, criara seu próprio mundo e ninguém podia tira-lo de lá. Havia duas saídas de seu mundo: a primeira e mais fácil era a loucura, a segunda e quase impossível era de alguma forma encontrar a teoria que revelaria todo mecanismo cósmico.
Com seus anos de estudos, chegou a criar varias teorias para explicar o mundo, mas nada de exato.Para a ciência a existência de Deus era algo fora dos padrões da verdade, e Andrew se dividia em dois, porque de uma certa forma acreditava em Deus e sempre se apoiava na frase do grande filosofo Sócrates: “só sei que nada sei”.
O físico tem um lado místico que precisa se despertar pensava ele, para assim tentar conciliar os dois motores que buscam a verdade do cosmos: a ciência e a espiritualidade.
A idéia de sua viajem para o México, surgiu quando leu os livros do escritor Carlos Castañeda, um antropólogo que passara dez anos tendo experiências místicas com o xãman Don Juan Matus, um índio sábio que levou Castañeda a escrever vários livros.Através da mescalina substancia extraída do peiote, o bruxo don Juan fazia castañeda transcender a uma percepção de mundo totalmente diferente a que estava habituado.
Varias lendas dizem que os xãmans são muito poderosos e que podem se transformar em animais, manter contatos com os mortos, atravessar mundos paralelos e sua cultura e filosofia é extremamente sabia.Andrew estava atrás do mistério que rondavam esses seres humanos dotados de poder, e se algum deles pudesse ajuda-lo na sua busca espiritual.
No velho oeste mexicano sempre se conta a historia de Paco Medina, antigo xãman da tribo luna de fuego.Paco e seus índios atravessavam o México a cavalo, lutando contra o poder dos pistoleiros que queriam dominar o país. O poder do mestre era imenso, em um combate Paco se transformou em um lobo feroz diante de todos e derrotou vários pistoleiros, imprevisível eram as ações do mestre índio, que fazia o céu abrir e se fechar como se estivesse abrindo uma janela.Paco era considerado a encarnação de uma legião de guerreiros indígenas, seu nome percorreu por vários anos no México até o dia de sua morte.
A morte para ele era a realização do todo, num ritual mágico todos os índios da tribo se reuniram no deserto para se despedirem de Paco que dizia que naquele dia se uniria ao universo.Ele subiu em um monte enquanto os índios dançavam e cantavam aos seus pés, os ventos começaram a soprar e o céu parecia um oceano turbulento.Paco ergueu seu machado e gritou algumas palavras mágicas, em um momento seu corpo se desfez e no infinito se uniu.O mestre agora pertencia a todos os lugares; mais lendas surgiram depois de sua morte acredita se que Paco Medina o grande guerreiro indígena volta como um lobo para condenar os injustos que habitam o México.
As lendas deixavam Andrew empolgado, estava louco para sentir se no deserto e tentar se unir ao universo como faziam os xãmans. Na estrada a mil por hora observava bem as paisagens, parecia que elas queriam dizer algo. O vôo dos falcões rasgava o tempo ao seu redor, o por do sol brilhava em sua alma, estava se sentindo divino e á toda velocidade.
Quando chegou no México parou em um bar para comer algo, estava cansado e com fome viajara um bom tempo ate chegar á fronteira.O bar estava repleto de pessoas, tinham vários viajantes e alguns nativos.Andrew se sentou e pediu um café para a garçonete que lhe atendeu com carisma, perguntou a ela se conhecia uma velha cidade chamada el Valle Del viento.A garçonete fez uma cara de espanto e disse que nunca ouviu falar dessa cidade.Andrew percebeu algo estranho na moça, depois de ter perguntado a ela sobre a cidade, a garçonete começou a conversar com um nativo olhando para Andrew, o nativo tinha cabelos longos, e com certeza era indígena.Andrew terminou seu café e fez mais perguntas as pessoas do bar, mas ninguém sabia dizer onde ficava a tal cidade.
Quando entrava em seu carro, foi surpreendido pelo mexicano que estava com a garçonete.O índio disse que ele não era bem vindo naquele lugar e que deveria voltar o mais rápido possível para sua terra.Andrew não se abalou com as ameaças do índio e seguiu seu caminho.
Seu carro corria sobre o deserto, só se ouvia o motor de seu possante e ruídos de lobos e corujas, a lua cheia era como um sol refletindo vermelha sobre o grande vazio de pedra e mistérios que cobriam aquele lugar. Sempre a refletir sobre os mistérios de sua natureza resolveu parar o carro e desafiar um sentimento às vezes imbatível, o medo.
Fora do carro começou a caminhar sobre o deserto, uma coruja pousou na sua frente, ela era imensa e com olhos fervorosos, Andrew se assustou sentiu um profundo medo, mas não se abalou e seguiu enfrente. O medo sempre foi algo que buscava superar, pensava que através desta proeza poderia com coragem desafiar os mistérios humanos. Sentou-se em uma pedra e começou a observar o céu que estava todo estrelado, quando ouviu galopes de cavalos, eram muitos, mas não conseguia enxerga-los, o som dos cavalos se aproximava, mas não enxergava nada.Começou a subir uma poeira ao seu redor e no mesmo instante ouvia os galopes, mas sua visão não acompanhava sua audição.Andrew correu em direção ao seu carro e sentia que os galopes estavam a lhe perseguir, caiu no chão desesperado, quando tentou se levantar viu o nada em que olhava se transformar em índios a cavalo, seu espanto passava seus limites. Como poderia o nada e vazio virar índios?Um deles era o nativo que o queria expulsar do México, e junto com ele haviam mais quatro, um deles desceu do cavalo e lhe deu um cascudo na cabeça que o fez desmaiar.
Ao acordar já era de manha e Andrew estava encima de um imenso cânion, não conseguia enxergar direito, estava zonzo a luz do sol estava muito forte, percebeu que estava ao lado de um índio bem velho, o índio lhe sorriu e disse:
_ Vou te mostrar o caminho daquilo que procura.Andrew meio assustado perguntou:
- Como cheguei aqui quem é você?
- Chega de perguntas idiotas, você nunca vai encontrar o que busca sempre agindo da mesma maneira.
- Você é um xãman? Perguntou Andrew.
Não, sou aquela águia que está ali voando.Ao olhar para águia sentiu tudo se dissolver, não havia mais perguntas, não havia mais xãmans, não havia mais deserto, não havia mais mistério a simplicidade e magia que existe no vôo da águia fez Andrew sentir-se uno a tudo que existia, sendo assim compreendeu o universo